domingo, 27 de maio de 2012

Organogênese






O desenvolvimento embrionário é divido em fases, e a terceira fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese. Ela acaba se caracterizando pela diferenciação de órgãos a partir dos folhetos embrionários  que são formados na gastrulação. O esquema seguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.

                                                    

Do ectoderma se diferencia o tubo neural, que tem dentro dele o canal neural. O endoderma vai dar origem ao tubo digestório. O mesoderma os somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares que ficam no ''dorso'' do embrião, e a notocorda é uma estrutura localizada abaixo do tubo neural.

referência : http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao11.php

sábado, 26 de maio de 2012

Gametogênese, fecundação e nidação.


Gametogênese:
Os espermatozoides e os óvulos têm origem nas células germinativas primordiais (CGPs) do embrião. Estas células diferenciam-se muito cedo (no Ser Humano, aparecem na quarta semana da gestação) na endoderme e são fáceis de reconhecer uma vez que contém grande quantidade do enzima fosfatase alcalina.

As CGPs migram por movimento amebóide para o mesentério dorsal do embrião e daí lateralmente para as cristas genitais, que se encontram próximas do local onde ficarão os rins. Durante esta migração, as CGPs dividem-se várias vezes e, quando chegam às cristas genitais, os embriões macho e fêmea não são ainda morfologicamente reconhecíveis. No entanto, pouco tempo depois (na 6ª semana de gestação, nos humanos) as diferenças começam a formar-se: enquanto que na fêmea, as cristas genitais mantêm a sua aparência, nos machos começam a formar-se as gónadas com o desenvolvimento de cordões sexuais.

Fecundação e Nidação:
Existem vários tipos de fecundação, ela pode ser externa que é quando ocorre fora do corpo, como é o caso de alguns anfíbios onde o macho estimula a fêmea a liberar os óvulos e então ele libera os espermatozóides em cima, ou interna que ocorre dentro do corpo, porque os óvulos do individuo são internos. Logo após a fecundação de um gameta feminino (óvulo) por um gameta masculino (espermatozóide), forma-se o ovo ou zigoto.





Ciclo Celular

O ciclo celular consiste em Interfase e duas divisões, sendo elas mitose e meiose. Na interfase ocorrem as fases G1, S e G2, aí vem a fase mitótica, que se divide em mitose e citocinese. Na mitose ocorre a Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase. A citocinese consiste no estrangulamento do citoplasma. A meiose ocorre como a mitose só que em duas fases, meiose 1 e meiose 2, diferente da mitose a prófase 1 da meiose divide-se em 5 subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
A seguir um video interessante sobre o ciclo celular, explicando as suas fases...

http://www.youtube.com/watch?v=nDfCQAvhw8M

Organelas Celulares

     Organelas são estruturas subcelulares comuns à muitos tipos de células, são compartimentos celulares limitados por membranas. Essas organelas desenvolvem funções distintas, que, no total, produzem as características de vida associada com a célula. Na célula animal eucariótica existem três componentes básicos: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. A existência de um núcleo bem diferenciado é a principal característica da célula eucariótica.
     Todas as organelas celulares são revestidas por membranas, formadas em sua maior parte, por lipídios e por protéinas. Essas membranas incluem a membrana celular, a membrana nuclear, a membrana do retículo endoplasmático e as membranas das mitocôndrias, dos lisossomas e do aparelho de Golgi, além de várias outras. Os lipídios dessas membranas formam barreiras que impedem o livre deslocamento da água e das substâncias solúveis em água entre os diferentes compartimentos da célula. As moléculas de proteínas, por sua vez, penetram com uma certa frequência através de toda a espessura dessas membranas, o que interrompe a continuidade da barreira lipídica, e por conseguinte, forma pertuitos para a passagem de substâncias específicas através destas membranas.


Organelas presentes no citoplasma:


Ribossomos: síntese de proteínas. As proteínas sintetizadas podem permanecer no próprio citosol, participando das etapas do metabolismo celular, ou podem ser transportadas para outros locais dentro da célula, como por exemplo, na mitocôndria, nas etapas de respiração celular. 
Retículo Endoplasmático: Sistema de canais membranosos, que participam da síntese de macromoléculas e transporte de substância dentro da célula.
Retículo Endoplasmático - liso: síntese de lipídios (gorduras, esteróides, colesterol)
Retículo endoplasmático – rugoso: encontram-se aderidos a sua superfície externa ribossomos, sendo local de produção de proteínas, as quais serão transportadas internamente para o Complexo de Golgi.
Aparelho de Golgi: são bolsas membranosas e achatadas, que podem armazenar e transformar substâncias que chegam via retículo endoplasmático; podem também eliminar substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela (enzimas por exemplo). 
Centríolos: Além de desempenharem papel importante no processo de divisão celular formando os pólos, são responsáveis pela formação de cílios e flagelos. 
Lisossomos (do grego lysis = dissolução, quebra); soma = corpo): Realiza a digestão intracelular. Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Estas enzimas são produzidas no RER, conduzidas pelo aparelho de Golgi, onde são acumuladas em vesículas, que são os lisossomos.
Apresenta funções heterofágicas (referente à digestão de substâncias que entram na célula), e autofágicas (referentes à digestão de materiais e organelas da própria célula). 
Mitocôndria: respiração celular (geração de energia). Realiza uma oxidação biológica intracelular de  compostos orgânicos (na presença de oxigênio), que resulta em gás carbônico e água, e este processo gera a liberação de energia, que é utilizada no metabolismo celulular.



Microscopia


Um microscópio Óptico é composto por várias partes, cada uma dessas partes estabelece uma função para a melhor visualização de estruturas, como por exemplo o rim de rato, que foi o objeto de estudo desta aula.
O “pé” ou base serve de apoio aos demais componentes do microscópio, o braço serve como suporte para os componentes. A platina é como uma “mesinha” aonde fixamos a lâmina que iremos observar, a platina possui uma abertura por onde passam os raios luminosos e também pinças que seguram a lâmina, o charriot permite a movimentação da mesma para melhor centralização dessa lâmina. O canhão suporta a lente ocular na extremidade superior e o revólver é uma peça giratória que suporta as objetivas. As lentes objetivas permitem ampliar a imagem em 4x, 10x, 40x e 100x, as oculares permitem ampliar a imagem real fornecida pela objetiva.
O condensador é um conjunto de lentes convergente que orientam e espalham a luz emitida pela fonte luminosa, o diafragma é constituído por palhetas que se movimentam aproximando ou afastando do centro com a ajuda de uma alavanca ou parafuso, serve para regular a intensidade da luz no campo de visão do microscópio e o macrômetro e micrômetro que servem para ajustar o foco.
Na lâmina com o corte de rim de rato foi utilizada a coloração com hematoxilina, nela pudemos observar os vasos sanguíneos, núcleo e citoplasma. O núcleo tinha uma coloração mais escura e forma arredondada. O rim de rato é organizado em uma pirâmide única renal, ao contrário da humana que são várias pirâmides. O óleo de imersão é um óleo especial usado na objetiva de 100x, ele age como ponte entre o vidro da lamina e da objetiva, aumentando assim a definição da imagem.

Técnicas de Gram e Ziehl-Neelsen

     A técnica de coloração de Gram é uma técnica de coloração diferencial que permite distinguir os dois principais grupos de bactérias por microscopia óptica.  Foi descoberta pelo físico dinamarquês Hans Christian Gram em 1884. Este cientista obteve  com a coloração realizada uma melhor visualização das bactérias em amostras de material  infectado. Verificou, no entanto, que nem todas as bactérias coravam com este método o que o levou a sugerir a possibilidade de ser usado um contrastante. Gram morreu em 1935 sem ter conseguido que fosse  reconhecida a devida importância ao seu método de coloração. Atualmente, esta técnica é fundamental para a taxonomia e identificação das bactérias, sendo utilizada como técnica de rotina em laboratórios de bacteriologia.
     A técnica de coloração de Gram consiste em expor as células bacterianas à seguinte sequência:
Corante primário  violeta de cristal: cora o citoplasma de púrpura, independentemente do tipo de célula.
Mordente  solução de iodo: aumenta a afinidade entre o violeta de cristal e a célula e forma com o corante um complexo insolúvel dentro da célula.
Agente descolorante  álcool, acetona ou ambos: solvente lipídico.
Contrastante  safranina ou fucsina básica: cora o citoplasma de vermelho.  
     O que se verifica, quando se observam as diferentes bactérias sujeitas a esta coloração ao microscópio, é que estas têm um comportamento diferente face à coloração de Gram, o que permite classificá-las em:
Bactérias Gram-positivo (apresentam cor púrpura)     
Bactérias Gram-negativo (apresentam cor vermelha) 
     Estudos de microscopia eletrônica e análises bioquímicas permitiram concluir que a parede celular bacteriana é a estrutura responsável pelo diferente comportamento das bactérias à coloração de Gram.




     A coloração de Ziehl-Neelsen baseia-se na capacidade de algumas bactérias (microbacteria e actinomicetes) resistirem aos métodos comuns de coloração devido à composição altamente lipídica da parede celular. Após um processo de coloração especial a quente uma vez corada não sofre ação de descorantes fortes como solução de álcool ácido. Desta forma, a fucsina de Ziehl cora todas as bactérias de vermelho e após a descoloração com álcool – ácido somente os bacilos álcool – acido resistente (b.a.a.r) conservarão esta cor. Para facilitar a visualização cora-se o fundo com azul metileno, estabelece contraste nítido entre elementos celulares e outras bactérias (azuis) e os b.a.a.r (vermelhos).


Técnica de coloração :



1º Cobrir a lâmina com solução de Fucsina fenecida de azul

2º Com uma chama fraca sob a lâmina (de lamparina a álcool por exemplo) aquecer suavemente até a emissão de vapores, durante 5 minutos. Evitar ebulição, evaporação do corante.
3º Lavar rapidamente em água corrente.
4º Inclinar a lâmina e cotejar a solução descorante sobre o esfregaço, até que não escorra mais liquido vermelho.
5º lavar em água corrente novamente.
6º Cobrir a lâmina com solução de azul de metileno deixar agir por 40 segundos e 1 minuto.
7º lavar em água corrente e secar entre duas folhas de papel de filtro.
8º levar a microscópio para proceder a leitura.



Leitura e interpretação dos resultados:



Procede a leitura com o objetivo de imersão. Os bacilos álcool – ácido resistentes aparecem como bastonetes finos vermelhos isolados ou agrupados, encurvados e nodulados.



Técnica de confecção do esfregaço:



Fazer suspensão das bactérias – teste conforme a escala 0,5 mac Fariamil.

Fazer 2 esfregaço na mesma lâmina um de bactéria controle positivo, e outra de contraste positivo , com alça 1:1000
Corar como de rotina.



Cuidados com a amostra



Por tratar–se de material clinico potencialmente contaminado, manusear todos os testes de acordo com normas de biossegurança e utilizando equipamento de proteção individual (luvas, avental e mascara), em luxo laminar.

Referências:
Disponível em:
<http://www.prof2000.pt/users/biologia/tcolgram.htm>
<http://anscestral.blogspot.com.br/2008/02/conjunto-para-colorao-de-ziehl-neelsen.html>




Tecido Conjuntivo


Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido. A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo. As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são:
Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos e finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as substãncias da matriz (substância intercelular)

Macrófago
Célula ovóide, podendo conter longos prolongamentos citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela fagocitose e pinocitose de pertículas estranhas ou não ao organismo. Remove restos celulares e promove o primeiro combate aos microrganismos invasores do nosso organismo. Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma redução de volume.

Mastócito
Célula globosa, grande, sem prolongamentos e repleta de grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização do núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina (substãncia anticoagulante) e histamina (substãncia envolvida nos processos de alergia). Esta última substãncia é liberada em ocasiões de penetração de certos antígenos no organismo e seu contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüênte reação alérgica.


Plasmócito
Célula ovóide, rica em retículo endoplasmático rugoso (ou granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como intestino, pele e locais em que existem infecções crônicas. Produtor de todos os anticorpos no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.

Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.

Referências: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio11.php





Técnicas de coloração para lâminas.



     As técnicas de coloração são muito importantes, pois a maioria dos tecidos é incolor, dificultando assim a sua observação ao microscópio óptico. Aí entram as colorações dos tecidos, tornando visíveis seus componentes e diferenciando uns dos outros. A maioria dos corantes usados em histologia comporta-se como ácidos ou bases e tendem a formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos tecidos. Os componentes dos tecidos que se coram com corantes básicos são chamados basófilos, sendo chamados de acidófilos os que se ligam a corantes ácidos.
     Para serem corados os microorganismos precisam ser primeiramente fixados em lâminas, estes então são mortos e fixados, dando uma duração significativa para a amostra. Deve-se formar um filme delgado com a amostra sobre a lâmina, que se denomina esfregaço, que pode ser secado ao ar livre ou em lamparina ou bico de Bunsen. Quando se utiliza o calor para secar a lâmina deve observar que o lado do esfregaço deve ficar para cima, ou seja, com contato indireto com a chama. Desta forma a amostra já está fixada.
     Os corante básicos são o Violeta de Genciana, Azul de metileno, Safranina. Como ácidos a Eosina, Nigrosina e Tinta nanquim. A coloração simples serve para destacar todo o organismo, é muito comum que se coloque um mordente (substância com a função de manter a durabilidade da cor, pode ser de origem vegetal, como o tanino ou de origem mineral como o alúmen) para que se intensifique a coloração. Para a coloração especial pode-se fazer uma solução coloidal fina de partículas coradas (tinta nanquim ou nigrosina) para fornecer um fundo escuro e depois corar por coloração simples como a safranina. Devido a composição química, a cápsula nega a maioria dos corantes biológicos, como a safranina, e o uso do nanquim faz uma coloração negativa, evidenciando o contraste entre o fundo, circundante, e a cápsula.
     Alguns exemplos de colorações para observação de células bacterianas são: Coloração de Loeffler (azul de metileno), Coloração com Safranina (é usada como um corante de contraste em alguns protocolos (métodos) de coloração, colorindo todo núcleo celular de vermelho, também pode ser usado para a detecção de cartilagem, mucina e mastócitos), Coloração negativa com tinta nanquim (corante ácido para coloração do fundo, pois não há atração com estruturas negativas) e Método de Benians.
     Para a visualização da cápsula bacteriana é comum o uso do corante de Maneval e Método de Hiss. Na visualização dos flagelos é usado o Método de Blenden & Goldberg (método de deposição de prata) e Método de Leifson (Essa técnica consiste em proceder ao semeio da bactéria num meio adequado que contem um açúcar utilizável pela bactéria e um indicador de pH - azul de bromotimol). Para a coloração de Endósporos os Método de Dorner (a fucsina fenicada evidencia a cápsula) e Método de Schaeffer-Fulton (verde malaquita). Para outros fins, são usadas a Coloração de Gram (um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram) e Acúmulo de Poli - b - hidroxi - butirato (é utilizado para verificar se a bactéria acumula grânulos de PbHB, para este teste a colônia bacteriana deverá se desenvolver em meio Sacarose - Peptona – Agar).
     Além destas existe uma infinidade de colorações. No próximo post falaremos mais sobre a Técnica de Gram e Técnica de Ziehl-Neelsen. 
Referências:
Disponível em:
<http://hisalzer.blogspot.com.br/2010/08/principais-tecnicas-de-coloracao-para.html>
<http://bervieira.sites.uol.com.br/col.htm>
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1Y0AH/coloracao>