terça-feira, 19 de junho de 2012

Relatório 11/06/12

Relatório referente à aula prático do dia 11 de junho de 2012 - Microscopia
Tecido de Sustentação e Tecido Muscular.


Ossificação endocondral dividida em cinco regiões: 

Zona de Cartilagem em Repouso (R): região de cartilagem hialina típica, sem alteração morfológica.
Zona de Cartilagem Seriada (S): região de multiplicação dos condrócitos. Posicionados em fileiras formam grupos isógenos.
Zona de Cartilagem Hipertrófica (H): condrócitos aumentados pelo depósito de glicogênio e lipídeos, com diminuição de matriz.
Zona de Calcificação (C): mineralização da matriz e posterior morte dos condrócitos, resultando em lacunas vazias.
Zona de Ossificação (O): Invasão do tecido mielóide e vasos sanguíneos nos espaços onde se situavam condrócitos. Os osteoblastos originados de células indiferenciadas produzem matriz óssea sobre matriz cartilaginosa residual. 


A traquéia é um órgão que se continua com a laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares. Na sua estrutura apresenta um número variável de peças cartilaginosas do tipo hialino, as quais são revestidas por pericôndrio que se continua com um tecido conjuntivo fibroso, unindo as cartilagens entre si.

Tecido muscular estriado cardíaco:  feixes de fibras musculares cardíacas anastomosadas irregularmente e dispostas em várias orientações envolvidas por tecido conjuntivo. Para identificação das estrias desse tecido deve-se usar o maior aumento e movimentar o parafuso micrométrico e mover o condensador. Os núcleos apresentam-se na região central das fibras em número de um ou dois e são facilmente observados quando elas aparecem em corte transversal.

No corte longitudinal, observa-se feixes de fibras cilíndricas, multinucleadas, com núcleo periférico. Nota-se também as estrias transversais (Linha Z: encontro dos filamentos de actina).
No corte transversal, valorizar endomísio (tecido conjutivo que envolve cada fibra muscular), perimísio (conjutivo que envolve os feixes musculares), e epimísio (conjutivo que envolve o músculo como um todo).
Nas fibras musculares esqueléticas que aparecem longitudinais é fácil identificar, quando em maior aumento, a presença de estrias transversais relativas à disposição das miofibrilas.


Mucosa
A caracterização do intestino delgado se dá pela presença de vilosidades revestidas por epitélio cilíndrico simples contento células absortivas sustentadas por lâmina própria repleta de criptas ou glândulas de Liebercküm. A musculatura de Brücke a qual é responsável pela motilidade das vilosidades, pode ser vizualizada no interior das vilosidades.
Submucosa
Tecido conjuntivo contendo vasos e nervos onde estão as glândulas de Brünner responsáveis por uma secreção altamente básica para neutralizar a acidez do suco gástrico.
Inseridas no tecido conjuntivo existem agrupamentos de células basófilas que integram o complexo nervoso denominado de plexo submucoso de meissner.
Muscular
Circular interna: apresenta fibras musculares lisas dispostas ao longo do corte.
Longitudinal Externa: fibras musculares lisas cortadas transversalmente.
Presença do plexo mioentérico de Auerbach no tecido conjuntivo perimuscular facilmente visualizado entre as camadas musculares.
Serosa
Tecido conjuntivo contendo vasos e nervos limitado por mesotélio.


Referências: Atlas de Histologia Médica
Disponível em: <http://antares.ucpel.tche.br/atlas/histologia/>



Relatório 04/06/12

Relatório referente à aula prática do dia 04 de junho - Microscopia.
Tecido Epitelial e tecido conjuntivo

A traquéia é um órgão que se continua com a laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares. Na sua estrutura apresenta um número variável de peças cartilaginosas do tipo hialino, as quais são revestidas por pericôndrio que se continua com um tecido conjuntivo fibroso, unindo as cartilagens entre si.


Epitélio Estratificado Pavimentoso: Tecido pluriestratificado (formado por duas ou mais camadas de células), com morfologia achatada, pode conter na superfície apical uma camada delgada de queratina que auxilia a retenção de água no organismo. Esse tecido forma o maior órgão do corpo, a pele. 


São glândulas cutâneas exócrinas apócrinas do tipo túbulo-alveolar composto, isto é, a porção secretora apresenta túbulos e alvéolos (ácinos) e o ducto excretor é ramificado. Apresentam-se constituídas por 15 a 25 lobos separados entre si por tecido conjuntivo denso e adiposo. Cada lobo constitui uma glândula completa, apresentando seu ducto excretor e sua parte secretora.

Tecido conjuntivo denso modelado: fibras colágenas ordenadas paralelas entre si numa única direção. Entre os feixes de fibras colágenas estão os fibroblastos e fibrócitos.


Membranas elásticas para que a aorta possa suportar as variadas pressões do sangue devido o movimento do coração.

Referências: Atlas de Histologia Médica
Disponível em: <http://antares.ucpel.tche.br/atlas/histologia/>
Disponível em : <http://www.brasilescola.com/biologia/classificacao-dos-tecidos-epiteliais.htm>

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tecido Muscular


O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e de capacidade contrátil denominadas fibras musculares. A capacidade de contraçãodas fibras é que proporciona os movimentosa dos membros, das vísceras e de outras estruturas do organismo.
As células (fibras) musculares têm nomes específicos para as suas estruturas. Assim, a membrana plasmática é denominada sarcolema, enquanto o citoplasma é chamado de sarcoplasma.

Existem 3 tipos de tecido muscular, sendo eles: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.


- Musculatura lisa (necessariamente com contração involuntária, independente da vontade do indivíduo): formada por células mononucleadas com estrias longitudinais. É presente nos órgãos vicerais internos (esôfago, intestino, vasos sanguíneos e útero), responsável pelo peristaltismo.

- Musculatura estriada esquelética (contração voluntária, dependente da vontade do indivíduo): formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais. Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do corpo.

- Musculatura estriada cardíaca (contração involuntária): constitui as células binucleadas do miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares que aumentam a adesão entre as células. Fator importante para uma contração rítmica e vigorosa, mantendo a circulação do sangue no corpo.


Um aspecto interessante com relação às fibras musculares estriadas ocorre em ocasião ao estado parcial de contratibilidade passiva, da ordem de milionésimos de segundos alternado entre as fibras musculares. Processo que estabelece uma situação contínua para o tônus muscular (diferente de definição muscular), auxiliando na estabilidade e postura corporal.


Fonte: 
http://www.brasilescola.com/biologia/tecido-muscular.htm

http://aafronio.vilabol.uol.com.br/musc.htm 

Tecido de sustentação



Esse tecido é composto por tecido cartilaginoso e tecido ósseo

Tecido cartilaginoso

O tecido cartilaginoso tem consistência bem mais rígida que os tecidos conjuntivos. Ele forma as cartilagens dos esqueléticos dos vertebrados, como, por exemplo, as orelhas a extremidade do nariz, a laringe, a traquéia, os brônquios e as extremidades ósseas.
As células são os condrócitos, que ficam mergulhados numa matriz densa e não se comunicam. A matriz pode apresentar fibras colágenas e elásticas, em diferentes proporções, que lhe conferem maior rigidez ou maior elasticidade.
A cartilagem pode ser hialina quando tem somente fibras colágenas; elásticas, quando também fibras elásticas; fibrosa, quando tem ambos os tipos de fibra, com predomínio das colágenas.

Origem: traquéia (H.E) TC:Tecido Conjuntivo,C:condrócitos,Ms:matriz,P:pericondrio,Gi:grupo isogênico, Cb: condroblastos



Tecido ósseo

O tecido é o tecido se sustentação que apresenta maior rigidez forma os ossos dos esqueletos dos vertebrados. É constituído pelas células ósseas, os osteócitos e por uma matriz compacta e resistente.
Os osteócitos são dispostos ao redor de canais formam os sistemas de Havers, dispõe-se em círculos concêntricos ao redor de um canal, por onde passam vasos sangüíneos e nervos. As células se acham alojados em cavidades na matriz e se comunicam umas com as outras por meio de prolongamentos finos.
A matriz é constituída por grande quantidade de fibras colágenas, dispostas em feixes, entre os quais se depositam cristais, principalmente de fosfato de cálcio. A grande resistência do tecido ósseo resulta dessa associação de fibras colágenas com o fosfato de cálcio.




Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/histologia-animal/histologia-animal-1.php#ixzz1xowomFor

Tecido Conjuntivo



Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido. A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo. As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são:
Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos e finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as substãncias da matriz (substância intercelular)

Macrófago
Célula ovóide, podendo conter longos prolongamentos citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela fagocitose e pinocitose de pertículas estranhas ou não ao organismo. Remove restos celulares e promove o primeiro combate aos microrganismos invasores do nosso organismo. Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma redução de volume.

Mastócito
Célula globosa, grande, sem prolongamentos e repleta de grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização do núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina (substãncia anticoagulante) e histamina (substãncia envolvida nos processos de alergia). Esta última substãncia é liberada em ocasiões de penetração de certos antígenos no organismo e seu contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüênte reação alérgica.

Plasmócito
Célula ovóide, rica em retículo endoplasmático rugoso (ou granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como intestino, pele e locais em que existem infecções crônicas. Produtor de todos os anticorpos no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.

Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.

Referências: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio11.php

Tecido Epitelial



A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele),dependendo do órgão aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.


Os epitélios podem ser classificados quanto ao número de células:
  • Quando os epitélios são formados por uma só camada de células, são chamados de epitélios simples ou uniestratificados (do latim uni, um, e stratum, camada).
  • Já os epitélios formados por mais de uma camada de células são chamados estratificados.
  • Existem ainda epitélios que, apesar de formados por uma única camada celular, têm células de diferentes alturas, o que dá a impressão de serem estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados pseudo-estratificados.
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
  • Pavimentosos, quando as células são achatadas como ladrilhos;
  • Cúbicos, quando as células tem forma de cubo, ou
  • Prismáticos, quando as células são alongadas , em forma de coluna.

Referências: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio3.php

Placentação:
1.     Evolução do zigoto a embrião
2.     Reconhecimento materno da prenhez
3.     Implantação
4.     Desenvolvimento placentário
5.     Funções da placenta

Evolução do zigoto a embrião
Após a fecundação ocorre a divisão do ovo gerando a mórula e posteriormente o blastocisto. A posterior evolução do blastocisto dará origem ao trofoblasto e o botão embrionário que, por sua vez, dará origem ao ectoderma, endoderma e mesoderma. Ectoderma: epiderme, pêlo, casco Endoderma: glândulas, fígado, revestimento interno do sistema digestivo. Mesoderma: somitos, tecido muscular liso, estriado e cardíaco, órgãos da circulação (coração, vasos sanguíneos e linfáticos), tecido conjuntivo (ossos, cartilagens, ligamentos e tendões).
Reconhecimento materno da prenhez
O reconhecimento inicial é feito pela proteína trofoblástica fetal, produzida pelo embrião e que informa a mãe de sua presença, fazendo com que ela não produza prostaglandinas e permitindo a manutenção do CL. Após o período inicial começaria haver a síntese de prostaglandina com a conseqüente lise do CL caso em que não haja o reconhecimento da gestação. O período que vai do reconhecimento da prenhez até o fim da união é um período de grande fragilidade, com freqüentes mortes embrionárias e reabsorções. Quando ocorre a união completa (implantação), ou seja, todos os sistemas de anexos estão prontos, o embrião passa a ser um feto e a placenta está verdadeiramente funcionante.

Implantação
É a união completa entre o embrião e a parede do útero.



Desenvolvimento placentário
Cada espécie animal apresenta um tipo de ligação de seus anexos com o endométrio uterino. No útero existem algumas estruturas diferenciadas denominadas carúnculas, cerca de 100. O epitélio que cobre essa região é diferente do epitélio uterino. As glândulas uterinas se abrem na região inter caruncular. A superfície do cório (embrião) tem também um epitélio superficial diferenciado (trofoblasto) e esse epitélio tem a característica de destruição do epitélio uterino, maior ou menor dependendo da espécie.

Funções da placenta
A placenta desempenha múltiplas funções, pulmão, fígado, rins e glândulas endócrinas.Separa o organismo materno do fetal, assegurando:
·     o desenvolvimento do feto.
·     respiração e alimentação do feto
·     eliminação de substâncias metabolizadas pelo feto através o sangue materno
·     é um órgão de filtração
·     é um órgão de secreção interna (PMSG, HCG, P4, E2). Função endórina.
·     transmissão de imunidade parcial nos carnívoros e ruminantes
·     prepara o organismo materno para o parto e lactação futuros através da secreção do HLP (hormônio lactogênico placentário).

Referências:
http://www.mcguido.vet.br/placentacao.htm


domingo, 27 de maio de 2012

Organogênese






O desenvolvimento embrionário é divido em fases, e a terceira fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese. Ela acaba se caracterizando pela diferenciação de órgãos a partir dos folhetos embrionários  que são formados na gastrulação. O esquema seguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.

                                                    

Do ectoderma se diferencia o tubo neural, que tem dentro dele o canal neural. O endoderma vai dar origem ao tubo digestório. O mesoderma os somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares que ficam no ''dorso'' do embrião, e a notocorda é uma estrutura localizada abaixo do tubo neural.

referência : http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao11.php

sábado, 26 de maio de 2012

Gametogênese, fecundação e nidação.


Gametogênese:
Os espermatozoides e os óvulos têm origem nas células germinativas primordiais (CGPs) do embrião. Estas células diferenciam-se muito cedo (no Ser Humano, aparecem na quarta semana da gestação) na endoderme e são fáceis de reconhecer uma vez que contém grande quantidade do enzima fosfatase alcalina.

As CGPs migram por movimento amebóide para o mesentério dorsal do embrião e daí lateralmente para as cristas genitais, que se encontram próximas do local onde ficarão os rins. Durante esta migração, as CGPs dividem-se várias vezes e, quando chegam às cristas genitais, os embriões macho e fêmea não são ainda morfologicamente reconhecíveis. No entanto, pouco tempo depois (na 6ª semana de gestação, nos humanos) as diferenças começam a formar-se: enquanto que na fêmea, as cristas genitais mantêm a sua aparência, nos machos começam a formar-se as gónadas com o desenvolvimento de cordões sexuais.

Fecundação e Nidação:
Existem vários tipos de fecundação, ela pode ser externa que é quando ocorre fora do corpo, como é o caso de alguns anfíbios onde o macho estimula a fêmea a liberar os óvulos e então ele libera os espermatozóides em cima, ou interna que ocorre dentro do corpo, porque os óvulos do individuo são internos. Logo após a fecundação de um gameta feminino (óvulo) por um gameta masculino (espermatozóide), forma-se o ovo ou zigoto.





Ciclo Celular

O ciclo celular consiste em Interfase e duas divisões, sendo elas mitose e meiose. Na interfase ocorrem as fases G1, S e G2, aí vem a fase mitótica, que se divide em mitose e citocinese. Na mitose ocorre a Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase. A citocinese consiste no estrangulamento do citoplasma. A meiose ocorre como a mitose só que em duas fases, meiose 1 e meiose 2, diferente da mitose a prófase 1 da meiose divide-se em 5 subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
A seguir um video interessante sobre o ciclo celular, explicando as suas fases...

http://www.youtube.com/watch?v=nDfCQAvhw8M

Organelas Celulares

     Organelas são estruturas subcelulares comuns à muitos tipos de células, são compartimentos celulares limitados por membranas. Essas organelas desenvolvem funções distintas, que, no total, produzem as características de vida associada com a célula. Na célula animal eucariótica existem três componentes básicos: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. A existência de um núcleo bem diferenciado é a principal característica da célula eucariótica.
     Todas as organelas celulares são revestidas por membranas, formadas em sua maior parte, por lipídios e por protéinas. Essas membranas incluem a membrana celular, a membrana nuclear, a membrana do retículo endoplasmático e as membranas das mitocôndrias, dos lisossomas e do aparelho de Golgi, além de várias outras. Os lipídios dessas membranas formam barreiras que impedem o livre deslocamento da água e das substâncias solúveis em água entre os diferentes compartimentos da célula. As moléculas de proteínas, por sua vez, penetram com uma certa frequência através de toda a espessura dessas membranas, o que interrompe a continuidade da barreira lipídica, e por conseguinte, forma pertuitos para a passagem de substâncias específicas através destas membranas.


Organelas presentes no citoplasma:


Ribossomos: síntese de proteínas. As proteínas sintetizadas podem permanecer no próprio citosol, participando das etapas do metabolismo celular, ou podem ser transportadas para outros locais dentro da célula, como por exemplo, na mitocôndria, nas etapas de respiração celular. 
Retículo Endoplasmático: Sistema de canais membranosos, que participam da síntese de macromoléculas e transporte de substância dentro da célula.
Retículo Endoplasmático - liso: síntese de lipídios (gorduras, esteróides, colesterol)
Retículo endoplasmático – rugoso: encontram-se aderidos a sua superfície externa ribossomos, sendo local de produção de proteínas, as quais serão transportadas internamente para o Complexo de Golgi.
Aparelho de Golgi: são bolsas membranosas e achatadas, que podem armazenar e transformar substâncias que chegam via retículo endoplasmático; podem também eliminar substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela (enzimas por exemplo). 
Centríolos: Além de desempenharem papel importante no processo de divisão celular formando os pólos, são responsáveis pela formação de cílios e flagelos. 
Lisossomos (do grego lysis = dissolução, quebra); soma = corpo): Realiza a digestão intracelular. Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Estas enzimas são produzidas no RER, conduzidas pelo aparelho de Golgi, onde são acumuladas em vesículas, que são os lisossomos.
Apresenta funções heterofágicas (referente à digestão de substâncias que entram na célula), e autofágicas (referentes à digestão de materiais e organelas da própria célula). 
Mitocôndria: respiração celular (geração de energia). Realiza uma oxidação biológica intracelular de  compostos orgânicos (na presença de oxigênio), que resulta em gás carbônico e água, e este processo gera a liberação de energia, que é utilizada no metabolismo celulular.



Microscopia


Um microscópio Óptico é composto por várias partes, cada uma dessas partes estabelece uma função para a melhor visualização de estruturas, como por exemplo o rim de rato, que foi o objeto de estudo desta aula.
O “pé” ou base serve de apoio aos demais componentes do microscópio, o braço serve como suporte para os componentes. A platina é como uma “mesinha” aonde fixamos a lâmina que iremos observar, a platina possui uma abertura por onde passam os raios luminosos e também pinças que seguram a lâmina, o charriot permite a movimentação da mesma para melhor centralização dessa lâmina. O canhão suporta a lente ocular na extremidade superior e o revólver é uma peça giratória que suporta as objetivas. As lentes objetivas permitem ampliar a imagem em 4x, 10x, 40x e 100x, as oculares permitem ampliar a imagem real fornecida pela objetiva.
O condensador é um conjunto de lentes convergente que orientam e espalham a luz emitida pela fonte luminosa, o diafragma é constituído por palhetas que se movimentam aproximando ou afastando do centro com a ajuda de uma alavanca ou parafuso, serve para regular a intensidade da luz no campo de visão do microscópio e o macrômetro e micrômetro que servem para ajustar o foco.
Na lâmina com o corte de rim de rato foi utilizada a coloração com hematoxilina, nela pudemos observar os vasos sanguíneos, núcleo e citoplasma. O núcleo tinha uma coloração mais escura e forma arredondada. O rim de rato é organizado em uma pirâmide única renal, ao contrário da humana que são várias pirâmides. O óleo de imersão é um óleo especial usado na objetiva de 100x, ele age como ponte entre o vidro da lamina e da objetiva, aumentando assim a definição da imagem.

Técnicas de Gram e Ziehl-Neelsen

     A técnica de coloração de Gram é uma técnica de coloração diferencial que permite distinguir os dois principais grupos de bactérias por microscopia óptica.  Foi descoberta pelo físico dinamarquês Hans Christian Gram em 1884. Este cientista obteve  com a coloração realizada uma melhor visualização das bactérias em amostras de material  infectado. Verificou, no entanto, que nem todas as bactérias coravam com este método o que o levou a sugerir a possibilidade de ser usado um contrastante. Gram morreu em 1935 sem ter conseguido que fosse  reconhecida a devida importância ao seu método de coloração. Atualmente, esta técnica é fundamental para a taxonomia e identificação das bactérias, sendo utilizada como técnica de rotina em laboratórios de bacteriologia.
     A técnica de coloração de Gram consiste em expor as células bacterianas à seguinte sequência:
Corante primário  violeta de cristal: cora o citoplasma de púrpura, independentemente do tipo de célula.
Mordente  solução de iodo: aumenta a afinidade entre o violeta de cristal e a célula e forma com o corante um complexo insolúvel dentro da célula.
Agente descolorante  álcool, acetona ou ambos: solvente lipídico.
Contrastante  safranina ou fucsina básica: cora o citoplasma de vermelho.  
     O que se verifica, quando se observam as diferentes bactérias sujeitas a esta coloração ao microscópio, é que estas têm um comportamento diferente face à coloração de Gram, o que permite classificá-las em:
Bactérias Gram-positivo (apresentam cor púrpura)     
Bactérias Gram-negativo (apresentam cor vermelha) 
     Estudos de microscopia eletrônica e análises bioquímicas permitiram concluir que a parede celular bacteriana é a estrutura responsável pelo diferente comportamento das bactérias à coloração de Gram.




     A coloração de Ziehl-Neelsen baseia-se na capacidade de algumas bactérias (microbacteria e actinomicetes) resistirem aos métodos comuns de coloração devido à composição altamente lipídica da parede celular. Após um processo de coloração especial a quente uma vez corada não sofre ação de descorantes fortes como solução de álcool ácido. Desta forma, a fucsina de Ziehl cora todas as bactérias de vermelho e após a descoloração com álcool – ácido somente os bacilos álcool – acido resistente (b.a.a.r) conservarão esta cor. Para facilitar a visualização cora-se o fundo com azul metileno, estabelece contraste nítido entre elementos celulares e outras bactérias (azuis) e os b.a.a.r (vermelhos).


Técnica de coloração :



1º Cobrir a lâmina com solução de Fucsina fenecida de azul

2º Com uma chama fraca sob a lâmina (de lamparina a álcool por exemplo) aquecer suavemente até a emissão de vapores, durante 5 minutos. Evitar ebulição, evaporação do corante.
3º Lavar rapidamente em água corrente.
4º Inclinar a lâmina e cotejar a solução descorante sobre o esfregaço, até que não escorra mais liquido vermelho.
5º lavar em água corrente novamente.
6º Cobrir a lâmina com solução de azul de metileno deixar agir por 40 segundos e 1 minuto.
7º lavar em água corrente e secar entre duas folhas de papel de filtro.
8º levar a microscópio para proceder a leitura.



Leitura e interpretação dos resultados:



Procede a leitura com o objetivo de imersão. Os bacilos álcool – ácido resistentes aparecem como bastonetes finos vermelhos isolados ou agrupados, encurvados e nodulados.



Técnica de confecção do esfregaço:



Fazer suspensão das bactérias – teste conforme a escala 0,5 mac Fariamil.

Fazer 2 esfregaço na mesma lâmina um de bactéria controle positivo, e outra de contraste positivo , com alça 1:1000
Corar como de rotina.



Cuidados com a amostra



Por tratar–se de material clinico potencialmente contaminado, manusear todos os testes de acordo com normas de biossegurança e utilizando equipamento de proteção individual (luvas, avental e mascara), em luxo laminar.

Referências:
Disponível em:
<http://www.prof2000.pt/users/biologia/tcolgram.htm>
<http://anscestral.blogspot.com.br/2008/02/conjunto-para-colorao-de-ziehl-neelsen.html>